quinta-feira, 30 de abril de 2015

Debulhando as Camadas da Elite

Elite?
Ah! Elite, dizem (rsrs) que é um minguado grupo que detêm domínio social e poder econômico, em outras palavras, o que há de melhor numa sociedade: o escol, a flor, a nata. E o restante da sociedade? É o quê? Plebe, poviléu ou gentalha, quais destes caracteriza melhor? O fato é que os poucos querem ditar a nossa vida, disseminar tendências, opinar o que acham certo, sobretudo alienar.


Por vezes afrontar esta classe seja uma das raras maneiras de negar o seu domínio inescrupuloso, bem como invadir seu território com os chamados “rolezinhos” ou simplesmente só está “dentro” já seja uma sutil tapa com luva de película, agir friamente, com autocontrole e principalmente com inteligência seja a melhor provocação.




Em conformidade com Elite temos a cebola, isso mesmo, considerada pelo Egito Antigo poderosa aliada para espantar doenças, mas melhor qualificarmos a comparação psicológica do nosso ego, da qual possui sucessivas camadas que não chega a nenhum núcleo. Estas camadas precisam ser debulhadas, escancaradas, tecer suas veias de arrogância e prepotência. Por fim, revelar-se a sociedade o “oco” que há nas suas inúmeras camadas. O debulhando as camadas da elite é a oportunidade de colocar em ação uma pessoa trajada com roupas de passeio numa situação tida como inferior e pertencente a subordinados, da qual se corta e se come cebola, numa tentativa de provocar a inversão dos papéis e chocando a imagem inimaginável de tal ação.



Os curiosos que passavam em frente a Oficina Oswald de Andrade achavam estranho e ao mesmo tempo rotulavam de “louco”, alguns conseguiam interromper sua automatização e viam de relance uma pessoa sentada na calçada chorando ao debulhar as camadas da elite. No decorrer da caminhada pela Rua Três Rios alguns se incomodavam com a cena de comilança de cebola, comia como salgadinhos, de forma natural. Em um ponto da rua parei para debulhar mais cebolas e de repente se destaca da multidão uma “discípula” de Jesus sob o olhar pecaminoso em que eu estava e com seus repetitivos diálogos ideológicos queria me levar pra “luz” e salvação divina. Parece que aqueles que se rebelam contra a Elite se tornam insanos, anormais, com seus devaneios e pecados.




A luta por ser constante se torna apenas um detalhe, pois existe uma invisível e perigosa lavagem cerebral dominante entre as massas, disfarçado de bom moço e com oratória utópica que aliado a Elite buscam emburricar tal sociedade perdida. 






Jefferson Skorupski
Performer



Vídeo-Performance - La Plataformance (Oficina Oswald Andrade - Rodrigo Munhoz)


quarta-feira, 15 de abril de 2015

#partiuférias

Uma performance colaborativa com a participação da minha amiga performer Thays Sposito e nos cliques nossa amiga Letícia Navarro. Um trabalho consequente dos alicerces colaborativo de La Plataformance (http://laplataformance.blogspot.com.br/), um curso de performers da Oficina Oswald de Andrade, ministrado pelo performer Rodrigo Munhoz, da qual foi realizado na calçada da mesma instituição.










Numa tentativa de afrontar a “histeria coletiva” dos últimos dias vividos na terra do Tupiniquim, a performance #partiuférias  satiriza os absurdos dessa sociedade, da qual insiste em retroceder e disseminar ideologias mesquinhas e irrelevantes. Thays Sposito e Eu saimos de férias desse caos instaurado na sociedade, enfadados e enfastiados de tudo isso, fomos curtir nossa praia em São Paulo, capital, sim praia em Sampa, descobrimos que há e partimos para lá e curtimos merecido descanso, limpamos as energias e desabafamos frente a brisa que nos esperava, relaxando ao sol ou sob chuva, afinal férias independe do clima, férias é férias.









#partiuférias

Férias do caos, de uma monotonia imoral

Ilhando o estresse, a opressão inerente e casual

Refazendo-se de um pesadelo sem fim, histeria total

Buscando no infinito do mar

Quem sabe talvez um novo lugar

Uma sociedade fraterna, humana que saiba amar

Desabafe, liberte-se das mentiras

Ouça seu som, solte suas iras

Escarne o preconceito, provoque e escute suas pombas giras

Sinta, deixe fluir, chore, ria

Por que tudo não passa de uma grande ironia

Debruce desta loucura brasiliana que tanto agonia

Jefferson Skorupski